sábado, 26 de novembro de 2016

Um pescadô bão demais lá de Minas sô

Aoooooooooooooooo sertão véio desse mundão sem porteeeera sô!!!
To postando umas fotos de um amigo aqui do blog lá de Guaxupé - Minas Gerais, chamado JEFFERSON JEFFIN, grande pescador de Hoplias na frog mostrando que manja nas artemanha do pinxo da ditacuja.



Segundo ele, no meio da vegetação ela saiu do mato e não atacou, viu a onda dela e arremessou outra vez no mesmo lugar vim trabalhando a frog bem devagar e toques de ponta de vara ela deu um ataque na superfície uma baita explosão e o menino quase morreu de susto, fora a isca destruída pelos dentes da dentuça safada !!!
Pescaria de frog é isso mesmo, muitas surpresas, olhos atentos e susto até o zóio sô!!!

A ditacuja com a frog encharutada!

Olha a bocarra da bicha sô!!! Ponha o dedo ai pra ver oque acontece!!

Frog da Albatroz destruída pela explosão da bicha sô!

Olha o tamanho desse torpedo... caramba que bela traíra home do cééééu!!

terça-feira, 22 de novembro de 2016

ISCAS DE HOPLIAS "A LA CARTE" SÔ!!

Aooooooooooooooooooooooo sertão dessa "Terra Brasilis" que amo demais da coooonta sô do céu!!!
Sempre recebo muitas perguntas sobre iscas artificiais para pesca da ditacuja que todos nós amamos, e este mês na revista Pesca Esportiva o grande pescador que já tive o prazer de conhecer pessoalmente, CESAR PANSERA, nos trás uma matéria fenomenal sobre o pinxo de hoplias e principalmente os iniciantes irão adorar estas dicas, então ótima leitura e aprendizado a todos que apreciam uma boa pinxada de traíra no fds ensolarado sô!!!


Não é de hoje que a espécie cativa cada vez mais adep­tos quando o objetivo é sua captura com iscas artificias. Creio que o motivo seja simples: a voraci­dade da espécie e o os ataques que acompanhamos no visual, quando tenta abocanhar as artificiais. Especialmente os modelos que trabalham rente à linha dágua.



A força bruta do peixe, durante a briga, e ao mesmo tempo a sutileza nas mordidas quando utilizamos técnicas de fundo para pescar as traíras são surpreendentes. Vamos dividir basicamente em três categorias de atuação das iscas: super­fície, meia-água e fundo. E, assim, destacaremos algumas opções, que certamente irão fazer com que a mais sonolenta das dentuças acabe investindo contra a sua linha.

NO VISUAL
Para as iscas que atuam na superfície, podemos considerar duas situações, as que conseguem ultrapassar qualquer obstáculo, devido aos anzóis normalmente estarem encostados no corpo da isca; e as tradicionais, onde as garateias permanecem o tempo todo com as pontas aparentes. No primeiro caso, enquadram-se os "frogs". Imitações fiéis em detalhes de sapos e suas derivações. Iscas de corpo macio, geralmente ocas, que irão deslizar e trabalhar no meio do capinzeiro ou qualquer outra estrutura fechada sem proble­ma algum de enrosco. Provocantes, são ideais para serem utilizados quando pescamos de barranco ou em pontos muito fechados, onde exista grande vegetação.

Já no segundo caso, consideradas iscas tradicionais, estão as zaras e "walking baits", "plugs" que desenvolvem a trajetória em "Z" na superfície, quando trabalhados com toques secos e curtos de ponta de vara intercalados com o recolhi­mento. E aqui cabe uma observação em relação a cor da isca. "Plugs" de superfície de cor preta, em sua tota­lidade ou em boa parte de seu corpo, tradicionais (zaras e "walking baits") ou "frogs", são muito eficientes para pescar as traíras.

Outros pontos importantes, para as iscas de superfície citadas acima, são a velocidade no trabalho (zaras e sapos), como também o tamanho delas. Algumas vezes as traíras preferem trabalho mais lento, mais ca­denciado e de certa forma provocan­te, além de iscas não muito grandes. Se você deseja ataques surpreenden­tes na superfície, certamente precisa ter os dois modelos em mãos.



NA MEIA-ÁGUA

São as iscas que irão trabalhar no meio da coluna d'água, sendo que em alguns modelos, o pesca­dor consegue definir através da velocidade de seu recolhimento, a profundidade que irão percorrer. Procure alternar a velocidade de recolhimento até identificar um padrão de ataque. Isso poderá variar dependendo do dia. Para atuar na meia-água, destaco dois modelos, as "chatterbaits", que são "jigs" de cerdas de silicone, com uma lâmina metálica fixada em sua cabeça (chumbo) e que fará a isca trabalhar e vibrar muito, quando for recolhida; e os clássicos "spinner-baits". Nas duas iscas, que possuem metal em sua construção, os anzóis ficam expostos, porém no "spinnerbait", o formato de seu arame protege um pouco a ponta do anzol quando a isca desloca-se, evitando, de certa forma, que ela enrosque quando recolhida continuamente. O arame encosta (bate) primeiro no obstáculo e o "spinnerbait" pode passar por ele.


Já na "chatterbait" isso é um pou­co mais complicado, pois a ponta do anzol fica sem proteção alguma o tempo inteiro. Pode ter a chance de enroscar, mas sem dúvida as fisgadas serão mais precisas e eficientes quando utilizar uma "chatterbait".De preferência, utilize varas acima de 6', podendo chegar até 7'10", quando utilizar ambas as iscas afim de potencializar as fisgadas. Com varas mais longas, a alavanca e força no momento da fisgada serão maiores e, no caso das traíras que possuem mandíbula óssea, utilizar varas mais compridas para algumas iscas é importante. 

Para os dois modelos adicionar um "trailer" (grub) ao anzol surtirá muito efeito. E importante que o "grub" tenha contraste com a cor da isca, cor da "saia" ou filetes de silicone que camuflam, movimentam e revestem o anzol.



RENTE AO FUNDO

"Plugs" de barbela mais longa, que tenham corpo fino ou volumo­so, denominados de "crankbaits", encaixam-se nesta categoria. Apesar de alguns modelos boiarem quando inertes, a isca age próximo do fundo quando recolhida continuamente. Muitas "crankbaits", além disso, possuem esferas em seu interior, gerando forte barulho ao trabalhar. Em determinadas situações, o ba­rulho das iscas de barbela irá atrair muito as traíras. Outras iscas, que não podem deixar de ser citadas, são as "soft baits". Com diversos tamanhos, formatos e de corpo macio, são excelentes quando utilizadas em montagens (rigs) específicas. O "texas rig" é um exemplo, onde o chumbo ficará encostado no anzol que complementa o "rig".O tamanho ideal do anzol irá variar de acordo com o compri­mento da "soft bait". Para as mais curtas, utilize tamanho máximo de 3/0 e, para as mais longas, 4/0 ou de tamanhos acima. Apesar do "texas" trabalhar rente ao fundo, ele explora toda coluna d'água já na descida.


E atenção! Alguns ataques podem ocorrer exatamente neste momento, quando a "soft bait" estiver seguindo para o fundo, já em sua caída. È importante tomar cuidado e manter a linha levemente esticada, enquanto a isca estiver descendo para o fundo ou durante seu trabalho. Da mesma forma que para a "chatterbait" e "spinnerbait", varas mais longas e de ação rápida, com envergadura de "blank" concentrada mais em sua ponta, intensificam as fisgadas que precisam ser potentes. Isso porque a "soft bait" está no fundo e o anzol precisa ultrapassar a isca e a boca do peixe.



ONDE ARREMESSAR
1- Entradas de grotas são excelentes locais para serem explorados com iscas de superfície (zaras ou "walking baits") e de meia-água ("chatterbait" e "spinnerbait"). Quando não existe grande quantidade de vegetação na entrada e meio da grota, as iscas com anzóis expostos, gara-teias ou anzol único (simples) irão trabalhar sem enroscar.



2- Áreas com vegetação fe­chada, que normalmente estão no fundo das grotas ou em algumas entradas de barranco. Para elas, os "frogs" são ideais, pois conseguem explorar a área sem enroscar em nada, devido ao sistema de anzol encostado no corpo. Por menor que seja a área de vegetação, arrisque um arremesso entre as plantas. Em áreas maiores é preciso insistir.



3- Estruturas mais abertas como áreas de pauleiras podem ser exploradas com praticamente todas as iscas aqui citadas. Porém creio que as mais eficientes são as "crankbaits" e as de meia-água. Elas cobrem maior área a cada arremesso e podem atrair os peixes que estive­rem dispersos por toda a estrutura. Caso a estrutura seja muito fechada por galhos, é preciso tomar cuidado quando utilizar as "cranks" e ter no barco um desenroscador de iscas (salva iscas).


4- Faixas de barrancos e galha­das isoladas em pontos específicos são muito bons para as "soft baits" no sistema "texas rig". Caso existam estruturas aparentes, insista nelas. Lembre-se, muitas vezes as árvores (estruturas) podem estar no fundo, encostadas no barranco. Passar pelo barranco mais de uma vez alternan­do a cor e tamanho da "soft bait" geralmente resulta em ataques.



Obviamente existirão outras estruturas, pontos e situações que, dependendo da região onde você pesca, irá encontrar as traíras. Com o tempo você começará a identifi­car tais pontos e, descobrindo um padrão (melhor forma e local que os peixes preferem atacar as artificiais), restará buscar os que tenham as mesmas características. E quase certo que, se você tiver em sua caixa de pesca estes seis modelos de isca, estará pronto para enfrentar qualquer traíra. Ou melhor, qualquer ambiente e situação que elas estiverem. Agora, não leve apenas uma isca de cada. Caso contrário, se uma dentuça atacar de jeito e para valer pode­rá literalmente destruir sua isca logo na primeira mordida. Então, prepare-se e boas fisgadas!


Fonte: Revista Pesca Esportiva - Ed. 229

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

PESCARIA DE HOPLIAS POR 3 GERAÇÕES !!!

Aooooooooooooooooooooooo sertão do meu Brasil véio desse rincão sô!!!
Hoje trago uma matéria do pescador lá do sul do país RUY VARELLA e grande pescador de hoplias que temos hj em dia onde ele pesca junto com seu filho e sua neta trazendo essa paixão do pinxo de hoplias para futuras gerações.

No meu caso, tentei fazer meu filho e filha querer pescar hoplias por aqui no sertão do mato onde moro mas, pra variar como hoje em dia, preferem ficar no computador, celular e redes sociais do que sair no meio do sertão e ver uma hoplias explodir na flor dágua e dar aquele baita susto na hora que você está pensando em outra coisa bem longe quando está pescando, fazer o que né.

A GEOGRAFIA DO RIO GRANDE DO SUL NÃO NOS DÁ MUITAS OPÇÕES DE PEIXE. A ESPÉCIE MAIS COMUM QUE ENCONTRAMOS POR AQUI, EM QUALQUER POÇA DÁGUA, É A BRIGUENTA TRAÍRA. DAÍ SER O O PRIMEIRO PEIXE DE MUITAS GERAÇÕES DE PESCADORES.


Nas cidades vizinhas de Porto Alegre temos vários açudes e, quanto mais nos aproximamos da fronteira do Estado com os vizinhos Argentina e Uruguai, encontramos muitas áreas alagadas, açudes e com uma quantidade gran­de de traíras (Hoplias malabaricus). Assim, planejei uma pescaria ca­minhando a beira dos açudes, justa­mente num momento de férias com minha família. O convite partiu do fazendeiro Alberto Vitor da Costa, cuja propriedade, no interior do Rio Grande do Sul, tem uma bela repre­sa que ele cuida a sete chaves. 


E importante ressaltar que os donos de propriedades onde existem belos lagos têm algumas restrições devido a frequência no passado recente de maus pesca­dores. Houve flagrante de uso de redes e matança até de aves, além da depredação de verdadeiras ilhas de natureza preservada. 

Justamente por me conhecer e sabendo o quanto defendo à preservação é que recebo convites para um dia de pesca. Desta vez, parti na companhia do amigo Cristiano Garcia, meu filho Kaio Knauth e minha neta Valentina Curtinaz Knauth, que tem demos­trado um grande interesse pela pesca aos seis anos de idade. Das coisas mais prazerosas da pescaria, é o convívio com ami­gos. Nos meus tempos de juven­tude saia muitas vezes sozinho. Hora faltavam companheiros, outros não eram adeptos. Mas a pesca inicialmente solitária me rendeu outros predicados. 


Hoje valorizo os vários momen­tos contemplativos, necessários à pesca e a fotografia passou a fazer parte desses momentos. Situações que registradas a cada peixe pego, que deve ser devolvido, e aquele momento fica somente na memó­ria e nas fotos. Mas com o tempo conquistei também vários parceiros. A família é uma dessas parcerias em pescarias que também se diferem. É a união do útil ao agradável, já que além de pescar disfrutamos ainda do lugar, o cenário de tirar o fôlego, e com a possibilidade de pescar com mosca, uma das minhas paixões. A exuberância da mata na região Sul, curtir cada quadro dessa paisa­gem, observar os caminhos de campo e terminar num pequeno curso de água, entre uma caminhada e outra, até encontrar um grande açude. 

A PESCARIA
Sentado à beira do açude mon­tando o material de fly, observando e ao mesmo tempo lendo as águas, a gente define qual é o ponto de melhor rendimento. E comum nos açudes aqui do Sul, a quantidade de capim boiadeiro. Um verdadeiro tapete de tramas vegetais, difícil de pescar sem usar uma isca anti enrosco. Quem pesca com mosca sabe as dificuldades que encontramos num local como esse. 


O capim fica submerso, em alguns pontos, formando caminhos, naquele verdadeiro "trairódomo". A mosca popper, com anti-enrosco, foi a escolhida. Já no primeiro arremesso, e assim que comecei a recolher a linha, nas primeiras bolhas formadas, o rebojo. No segundo arremesso, o peixe vem como um míssil atrás da isca. A bela traíra, com seus saltos acro­báticos mostrou a que veio: vara "embodocada" recolhendo linha e ao mesmo tempo vendo o soar da carretilha. Aquilo funciona como um verdadeiro sino dos céus nos ouvidos do mosqueiro. 


Para minha surpresa, depois de várias fotos feitas deste belo exem­plar, arremessei novamente e naque­le pequeno espaço conseguimos a captura de várias traíras grandes. E como me deixou extremamente orgulhoso acompanhar minha neta Valentina fisgando sua primeira traíra. Adrenalina pura! Aos gritos de alegria, Valentina parecia que tinha o coração saindo pela boca. Um misto de medo e alegria, sem se esquecer do mais importante: "vô, solta logo o peixe"! 


Caminhando ao redor do açude com um pôr do sol deslumbrante, agradecia essa despedida e tantas e tão boas traíras depois de um dia nublado. Mais uma história de família registrada e a satisfação de poder ter compartilhado tudo isso num ambiente preservado e com muitos peixes. Venho de família de pescadores. Uma herança atávica, coisa de sangue. Ver meu filho, minha neta e eu, três gerações, tendo uma verdadeira aula de como conser­var a natureza me orgulha. Acredito mesmo que estou dei­xando um legado. Um dia minha neta já adulta vai lembrar desses dias: sem o barulho e a poluição visual das grandes cidades. E, como eu, vai saber valorizar a natureza e a vida.

Fonte: Revista PESCA ESPORTIVA Ed. 226

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

RATTLINS - ISCA QUE PODE MUDAR UMA PESCARIA SÔ!

Aoooooooooooo sertão do céu deste rincão boiadeeeero!


Hoje vou postar uma matéria que fala justamente de uma isca muito boa, principalmente para a nossa ditacuja Hoplias Malabaricus principalmente naqueles dias que esta calor e a desgraça não quer abocanhar, esta isca é conhecida por levantar cardumes, a famosa RATTLIN!!

Leiam toda a matéria do grande pescador de peixes gigantes do Brasil e do mundo da revista Pesca Esportiva, IAN DE SULOCKI e aprendam um pouco sobre tal isca que para muitos ainda é uma incógnita e um mistério de como trabalhar essa diaba, pois tenho 2 dessas iscas da Rapala e até hoje pesquei pouco com elas, tenho mais por coleção das minhas iscas centenárias que não uso nem a pau sô!!!

O nome já vem do poderoso barulho que emitem. Rattlins, chocalho em inglês, são iscas meio triangulares pouco usadas no Brasil, mas que possuem eficiência comprovada na captura de várias espécies de peixes predadores.



Muito comum nos EUA na pesca de vários espécies, entre eles o black-bass na água doce, por aqui me acostumei a usá-las em muitas situações de pesca, no rio ou no mar. Também de várias maneiras que trataremos a seguir. Mas vou focar nas apli­cações que costumamos dar a elas nos rios brasileiros. O pescador interessado em ad­quirir essas iscas não as encontrará com facilidade em qualquer loja. O mais comum é buscar em sites especializados, sendo que a maio­ria dos fabricantes é estrangeira. 

Os modelos mais famosos são a Rat-L-Trap, de Bill lewis, as Rattlins e ClackinRap da Rapala, as tradicionais Rattlins Spots da Cotton Cordell, entre outras mar­cas mundiais.

Vale ressaltar que, em alguns casos, esses modelos no exterior são também conhecidos como "lipless" ou seja iscas "sem barbelas". 
Existem vários tamanhos de iscas. Elas podem ser encontradas desde as menores, de quase 4 cm, até as maiores, com até 10 cm e pesos de 10 a 30 gramas ou mais. 

Estamos aqui tratando de modelos de rattlins que possuem pesos dentro de si e que por isso afundam imedia­tamente ao cair na água. Entretanto, algumas das marcas estrangeiras pro­duzem rattlins de efeito "suspending", que afundam pouco e se mantém em suspensão dentro da água. 
Não falaremos desses modelos, por enquanto, apenas dos tradi­cionais que afundam e criam a versatilidade necessária às pes­carias que fazemos. Mas vale a lembrança para que ao comprar algum modelo o pescador verifi­que se não está comprando sem querer um modelo suspending. 
O fato de afundarem imedia­tamente exige atenção redobrada do pescador no seu manuseio pois essa característica é que faz dela uma isca diferente e especial. 


O ponto de amarração da linha, ou do snap, é na parte superior da isca fazendo com que o ângulo de trabalho da mesma na água seja inclinado para frente quase como se fosse uma barbela. 
Os sons produzidos pelas bilhas internas são um caso à parte. Ainda que cada modelo tenha um som diferente do outro, mais grave ou mais agudo, com mais ou menos bilhas, o que vale é dizer que ele atiça a curiosidade do peixe e o incentiva ao ataque. 
De fora da água, nós pescadores, ouvimos a isca trabalhando então imaginem no ambiente aquático, onde a propagação do som é até quatro vezes maior! 

As garateias originais dos modelos importados precisam ser troca­das em virtude da potência e das dentições de espécies predadoras das nossas águas. Usar novas, mais reforçadas e pesadas não acabará gerando desequilíbrio muito grande na isca em função de já ser uma isca que afunda por si só, mas convém não exagerar no tamanho a ponto das garateias se embolarem. 
Essas iscas são encontradas em diversas cores, sendo que prefiro as cromadas de dourado e prata. Como são usadas mais ao fundo permitem brilhar mais e atrair os nossos predadores. As de cor ver­melha são excelentes para a captura dos trairões. Não deixe de ter ao menos uma dessa cor! 



Outro grande atrativo gerado pelas iscas rattlins diz respeito ao elevado grau de vibração que seu nado produz. Pode ser considerada uma das mais vibrantes. Seu nado normal quando recolhido de forma direta, produz um zigue e zague mínimo e veloz, além de constante, o que faz com que atraia predadores de maneira eficiente. 
Esse poder de vibração, aliado ao espetacular som que produz, gera a combinação perfeita para provocar ataques mesmo em dias em que eles aparentam não querer nada conosco! 

Vale lembrar também que essas iscas possuem corpo rígido e que são sujeitas a furos caso a pesca seja realizada para espécies como trairões e cachorras-larga. O fato da isca furar significa a entrada da água e um acréscimo de peso, entre outros. Só esse fato não seria de muita gravidade se pensarmos que é uma isca que afunda. 
No entanto, a água na parte interna infelizmente faz com que a isca perca um dos aspectos mais importantes, o som das bilhas. Com a água, elas perdem a movimentação e passam a não fazer mais barulho. Convém recuperar a isca ou substituí-la.


VERSATILIDADE E MODO DE TRABALHO

As rattlins podem ser utilizadas de várias maneiras: 
• A mais simples sugere apenas arremesso, um certo tempo para que a isca afunde até a profundidade escolhida e, em seguida, recolhimen­to contínuo, com a ponta da vara para baixo e sem toque algum na isca. O recolhimento contínuo normal­mente utilizamos em situações de maiores profundidades e em locais com correnteza mais forte, na busca de cachorras-larga e outros peixes que gostem de correnteza na região. Recolhimentos mais lentos e mais rá­pidos precisam ser testados. Podemos capturar apapás; até três espécies de cachorras diferentes; e tucunarés, se pescando no meio dos lagos amazônicos em sua parte mais profunda. Já realizamos inclusive a captura de surubins da espécie caparari, com a rattilin e no meio dos lagos, durante pescaria do tucunaré-açú; 



• Um outro tipo de trabalho possível com essas iscas diz respeito à verticalidade. Tal como pensado para o mar, a rattlin pode ser usada sob o barco de maneira vertical, atingindo o fundo e apenas sus­pendendo e tirando do fundo até que o pescador sinta a fisgada. Essa técnica não deve ser utilizada em áreas profundas demais pois apesar de encontrarmos modelos mais pe­sados, o formato da isca não permite que ela desça muito verticalmente, se houver um pouco de correnteza. Normalmente, usamos o método em áreas de pedrais com profundidades entre um e cinco metros, na procura por traíras, trairões e outros, que venham a se interessar pela eficiên­cia da iscá. Vara sempre mais alta e linha de multifilamento são impor­tantes nesse jeito de pescar.



• Um outro jeito bem clássico de usarmos essa isca é o estilo escadinha, sobe e desce. Essa técnica consiste em arremessar, deixar afundar a isca e levantar a vara tirando um pouco a isca do fundo, em seguida baixar a vara e recolher o excesso de linha deixan­do com isso a isca cair novamente ao fundo, fazendo esse sistema de subida e descida contínua. É fatal para inúmeras espécies como os tucunarés, os trairões, as bicudas e até alguns bagres que se encon­trem pela área. 

Em função dessa versatilidade de trabalho sugiro que procure a isca no mercado e incorpore-a em sua tralha de pesca para uso em sua próxima saída. Teste-a de várias formas e dê nos um feedback. Eu sempre a tenho em mãos quan­do viajo para pescar. Usando ou não, guardo-a como arma secreta para aqueles dias em que nada parece dar resultados. Particularmente, em minhas pescarias de trairões, cachorras-largas e grandes tucunarés, ela está aprovadíssima.

Fonte: Revista Pesca Esportiva Ed. 227