segunda-feira, 7 de novembro de 2016

RATTLINS - ISCA QUE PODE MUDAR UMA PESCARIA SÔ!

Aoooooooooooo sertão do céu deste rincão boiadeeeero!


Hoje vou postar uma matéria que fala justamente de uma isca muito boa, principalmente para a nossa ditacuja Hoplias Malabaricus principalmente naqueles dias que esta calor e a desgraça não quer abocanhar, esta isca é conhecida por levantar cardumes, a famosa RATTLIN!!

Leiam toda a matéria do grande pescador de peixes gigantes do Brasil e do mundo da revista Pesca Esportiva, IAN DE SULOCKI e aprendam um pouco sobre tal isca que para muitos ainda é uma incógnita e um mistério de como trabalhar essa diaba, pois tenho 2 dessas iscas da Rapala e até hoje pesquei pouco com elas, tenho mais por coleção das minhas iscas centenárias que não uso nem a pau sô!!!

O nome já vem do poderoso barulho que emitem. Rattlins, chocalho em inglês, são iscas meio triangulares pouco usadas no Brasil, mas que possuem eficiência comprovada na captura de várias espécies de peixes predadores.



Muito comum nos EUA na pesca de vários espécies, entre eles o black-bass na água doce, por aqui me acostumei a usá-las em muitas situações de pesca, no rio ou no mar. Também de várias maneiras que trataremos a seguir. Mas vou focar nas apli­cações que costumamos dar a elas nos rios brasileiros. O pescador interessado em ad­quirir essas iscas não as encontrará com facilidade em qualquer loja. O mais comum é buscar em sites especializados, sendo que a maio­ria dos fabricantes é estrangeira. 

Os modelos mais famosos são a Rat-L-Trap, de Bill lewis, as Rattlins e ClackinRap da Rapala, as tradicionais Rattlins Spots da Cotton Cordell, entre outras mar­cas mundiais.

Vale ressaltar que, em alguns casos, esses modelos no exterior são também conhecidos como "lipless" ou seja iscas "sem barbelas". 
Existem vários tamanhos de iscas. Elas podem ser encontradas desde as menores, de quase 4 cm, até as maiores, com até 10 cm e pesos de 10 a 30 gramas ou mais. 

Estamos aqui tratando de modelos de rattlins que possuem pesos dentro de si e que por isso afundam imedia­tamente ao cair na água. Entretanto, algumas das marcas estrangeiras pro­duzem rattlins de efeito "suspending", que afundam pouco e se mantém em suspensão dentro da água. 
Não falaremos desses modelos, por enquanto, apenas dos tradi­cionais que afundam e criam a versatilidade necessária às pes­carias que fazemos. Mas vale a lembrança para que ao comprar algum modelo o pescador verifi­que se não está comprando sem querer um modelo suspending. 
O fato de afundarem imedia­tamente exige atenção redobrada do pescador no seu manuseio pois essa característica é que faz dela uma isca diferente e especial. 


O ponto de amarração da linha, ou do snap, é na parte superior da isca fazendo com que o ângulo de trabalho da mesma na água seja inclinado para frente quase como se fosse uma barbela. 
Os sons produzidos pelas bilhas internas são um caso à parte. Ainda que cada modelo tenha um som diferente do outro, mais grave ou mais agudo, com mais ou menos bilhas, o que vale é dizer que ele atiça a curiosidade do peixe e o incentiva ao ataque. 
De fora da água, nós pescadores, ouvimos a isca trabalhando então imaginem no ambiente aquático, onde a propagação do som é até quatro vezes maior! 

As garateias originais dos modelos importados precisam ser troca­das em virtude da potência e das dentições de espécies predadoras das nossas águas. Usar novas, mais reforçadas e pesadas não acabará gerando desequilíbrio muito grande na isca em função de já ser uma isca que afunda por si só, mas convém não exagerar no tamanho a ponto das garateias se embolarem. 
Essas iscas são encontradas em diversas cores, sendo que prefiro as cromadas de dourado e prata. Como são usadas mais ao fundo permitem brilhar mais e atrair os nossos predadores. As de cor ver­melha são excelentes para a captura dos trairões. Não deixe de ter ao menos uma dessa cor! 



Outro grande atrativo gerado pelas iscas rattlins diz respeito ao elevado grau de vibração que seu nado produz. Pode ser considerada uma das mais vibrantes. Seu nado normal quando recolhido de forma direta, produz um zigue e zague mínimo e veloz, além de constante, o que faz com que atraia predadores de maneira eficiente. 
Esse poder de vibração, aliado ao espetacular som que produz, gera a combinação perfeita para provocar ataques mesmo em dias em que eles aparentam não querer nada conosco! 

Vale lembrar também que essas iscas possuem corpo rígido e que são sujeitas a furos caso a pesca seja realizada para espécies como trairões e cachorras-larga. O fato da isca furar significa a entrada da água e um acréscimo de peso, entre outros. Só esse fato não seria de muita gravidade se pensarmos que é uma isca que afunda. 
No entanto, a água na parte interna infelizmente faz com que a isca perca um dos aspectos mais importantes, o som das bilhas. Com a água, elas perdem a movimentação e passam a não fazer mais barulho. Convém recuperar a isca ou substituí-la.


VERSATILIDADE E MODO DE TRABALHO

As rattlins podem ser utilizadas de várias maneiras: 
• A mais simples sugere apenas arremesso, um certo tempo para que a isca afunde até a profundidade escolhida e, em seguida, recolhimen­to contínuo, com a ponta da vara para baixo e sem toque algum na isca. O recolhimento contínuo normal­mente utilizamos em situações de maiores profundidades e em locais com correnteza mais forte, na busca de cachorras-larga e outros peixes que gostem de correnteza na região. Recolhimentos mais lentos e mais rá­pidos precisam ser testados. Podemos capturar apapás; até três espécies de cachorras diferentes; e tucunarés, se pescando no meio dos lagos amazônicos em sua parte mais profunda. Já realizamos inclusive a captura de surubins da espécie caparari, com a rattilin e no meio dos lagos, durante pescaria do tucunaré-açú; 



• Um outro tipo de trabalho possível com essas iscas diz respeito à verticalidade. Tal como pensado para o mar, a rattlin pode ser usada sob o barco de maneira vertical, atingindo o fundo e apenas sus­pendendo e tirando do fundo até que o pescador sinta a fisgada. Essa técnica não deve ser utilizada em áreas profundas demais pois apesar de encontrarmos modelos mais pe­sados, o formato da isca não permite que ela desça muito verticalmente, se houver um pouco de correnteza. Normalmente, usamos o método em áreas de pedrais com profundidades entre um e cinco metros, na procura por traíras, trairões e outros, que venham a se interessar pela eficiên­cia da iscá. Vara sempre mais alta e linha de multifilamento são impor­tantes nesse jeito de pescar.



• Um outro jeito bem clássico de usarmos essa isca é o estilo escadinha, sobe e desce. Essa técnica consiste em arremessar, deixar afundar a isca e levantar a vara tirando um pouco a isca do fundo, em seguida baixar a vara e recolher o excesso de linha deixan­do com isso a isca cair novamente ao fundo, fazendo esse sistema de subida e descida contínua. É fatal para inúmeras espécies como os tucunarés, os trairões, as bicudas e até alguns bagres que se encon­trem pela área. 

Em função dessa versatilidade de trabalho sugiro que procure a isca no mercado e incorpore-a em sua tralha de pesca para uso em sua próxima saída. Teste-a de várias formas e dê nos um feedback. Eu sempre a tenho em mãos quan­do viajo para pescar. Usando ou não, guardo-a como arma secreta para aqueles dias em que nada parece dar resultados. Particularmente, em minhas pescarias de trairões, cachorras-largas e grandes tucunarés, ela está aprovadíssima.

Fonte: Revista Pesca Esportiva Ed. 227

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