quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Pescaria de Hoplias no Barulho!!

Aooooooooooo sertão desse sertanejo mundo pescatício sem porteeeera sô!


Hoje trago a vocês uma matéria sobre uma isca que, realmente pra mim, ainda é uma incógnita por nunca ter levado até agora uma batida nessa isca ou pego uma hoplias só que fosse. A isca prima Spinnerbait vira e mexe eu pego traíras, mas no buzzbait realmente eu não acertei a mão ainda, apesar de ter insistido pouco, mas o pouco que insisti vi que não deu resultados. Vou tentar TUNAR a isca como o criador dessa matéria da revista Pesca Esportiva CÉSAR PANSERA falou pra fazer para justamente levantar até a superfície o mais renitente desses peixes, que em alguns lugares do Brasil são chamados de Dorme-Dorme, porque a traíra parece que tem um gatilho que vive desarmado e você pode jogar a isca na boca dela ou passar com uma isca beeeem devagar em sua frente que a desgraça não faz absolutamente nada quando não quer se mover ou comer... mas quando este gatilho é acionado, meu amigo hummmm, sai da frente sô!!!

Espero que vocês aprendam algo nessa matéria como eu aprendi e vivo aprendendo com dicas do Pansera sobre iscas justamente para pinxo das hoplias mas que pode pegar também tucuna e Black Bass como é comum no sul do Brasil e tenham uma ótima leitura pescadozada!!



Capaz de acordar, além de irritar, o mais sonolento dos peixeis, o Buzzbait (ou isca do barulho), é mortal para pescar em água doce. Algumas dicas podem ajudar você a fazer melhor uso desta isca nada discreta.


Seja embarcado ou de barranco, os "buzzbaits" são iscas capazes de atrair até à superfície o mais preguiçoso dos preda­dores. Isso, graças ao seu trabalho e prin­cipalmente pelo barulho produzido pela hélice que acompanha a isca. Como complemento, os modelos ainda possuem cerdas de filetes de borracha, chamadas de saia ou "skirt". Fixadas ao anzol, ela garante maior volume para o "buzzbait" e movimento logo abaixo da li­nha d'água, criando oportunidade para o peixe abo­canhar, seja por fome ou apenas defesa de território. Sua utilização acontece basicamente em água doce, e os peixes alvo podem ser diferentes. O black bass, tucunarés, e principalmente as traíras e trairões, certamente irão se interessar por um "buzzbait", que risca a superfície da água fazendo barulho constante em meio às estruturas, aparentes ou não. 


ALGAZARRA NA SUPERFÍCIE

Para que os ataques aconteçam, o trabalho bási­co de um "buzzbait" deverá ser o recolhimento contí­nuo, que pode variar de lento, porém o suficiente para que sua hélice gire; mais rápido, riscando a superfície da água rapidamente; ou intercalado com toques se­cos de ponta de vara. 

O buzzbait risca a água rapidamente e provoca pelo barulho.
Particularmente prefiro o recolhimento mais rápi­do, uma vez que é possível desacelerar o movimento da isca, passando a recolhê-la lentamente, caso algum pei­xe persiga ou invista contra ela sem sucesso. 

É importante também, quando o "buzzbait" tocar na água, iniciar o recolhimento imediatamente, caso contrário ele poderá afundar e engatar em alguma es­trutura. "Buzzbaits" mais leves, na faixa de sete gra­mas, conseguem agir junto da superfície mais rapida­mente, quando recolhidos de imediato. 
Bastante atenção logo nas primeiras maniveladas. Já presenciei inúmeros ataques no primeiro meio metro de trabalho da isca. 

Uma das vantagens do "buzzbait", para pes­car as traíras na superfície, é que a isca desenvol­ve uma trajetória reta na linha d'água. Seu trajeto pode ser constante, sem as provocativas paradas de um "plug" convencional de superfície, por exemplo. Mas é fato que quando as "dentuças" es­tão dispostas a atacar, erram menos as investidas nesse tipo de isca. 


Por estar em constante movimento, mesmo len­to, basta o peixe atacá-la para que o anzol penetre sua mandíbula. Na verdade se pararmos para anali­sar, a maior parte das fisgadas fica por conta do pei­xe, pois a isca está trabalhando e não fica parada. Obviamente é preciso fisgar com força, para cravar de vez o anzol na óssea mandíbula da traí­ra, principalmente se ela for de maior tamanho. Is­cas com anzóis mais abertos (mais arredondados) e maiores, potencializam as fisgadas. 

Atenção para a ponta do anzol dos "buzzbaits", que deve estar sempre bem afiada. 



ONDE ARREMESSAR 
Em relação aos pontos ideais para arremessar um "buzzbait", importante que não sejam muito fe­chados. Caso contrário, a isca não conseguirá traba­lhar. E preciso que existam espaços para que a isca gire sua hélice de forma constante e nenhuma sujei­ra fique presa na isca. Pontos com vegetação mais aberta são ideais para que a isca gire sua hélice. É importante que os locais, além de não serem muito fechados, que tenham cer­ta quantidade de água para que a isca possa trabalhar. 


Você deve buscar pontos mais abertos, com capim, e com boa distância para trabalhar sua isca.
Outra vantagem do "buzzbait" é não enroscar tanto na superfície. Seu desenho protege o anzol único, sen­do muito eficiente para quem pesca desembarcado. As ações dos peixes na superfície normalmente acontecem mais ao amanhecer e entardecer, nos momentos em que a superfície da água encontra-se lisa e não existe vento. Aproveite essas situações, e arrisque alguns arre­messos com a isca do barulho. No verão e demais dias quentes do ano, é quase certo que algum predador irá se interessar por um "buzzbait". 


O barulho produzido por sua hélice na superfície, é o grande chamariz e principal característica do mo­delo. Ao ser tracionada. a isca percorre uma trajetória na lâmina d'água, girando sua hélice e fazendo barulho constantemente, podendo até mesmo levantar água, de­pendendo da intensidade com que é recolhida. Costumo utilizar os "buzzbaits". quando pesco duas espécies específicas, as violentas traíras e os astu­tos black basses. Ambos, atacam vorazmente o "buzz­bait" logo que percebem a existência de um intruso em seu território, ainda mais um objeto que tenha barulho constante e ao mesmo tempo irritante para os peixes. 

O black bass costuma atacar o buzzbait com violência, especialmente na defesa de seu território.
VELOZ E SEM PARAR 
Quando comecei a pescar com os "buzzbaits", cos­tumava recolhê-los de forma lenta e até vagarosa, ape­nas fazendo com que a hélice da isca gira-se na su­perfície. Após algum tempo, percebi que acelerar o recolhimento pode instigar os peixes em determinados momentos. Dessa forma, também é possível "frear" o trabalho da isca, desacelerando o girar do recolhimen­to, quando um peixe persegue ou até mesmo, erra o pri­meiro bote na isca. Além disso, o recolhimento mais acelerando, pro­duz um maior barulho da isca na superfície e, nes­te caso, o ataque será certeiro e violento. Recolhendo mais rapidamente, o pescador também realiza maior número de arremessos, cobrindo uma área maior de pesca ou provocando mais o peixe em um mesmo lo­cal. É como se o barulho produzido pela isca perturbas­se o peixe até que ele resolva atacar. 


Como já disse anteriormente, uma ação neces­sária para pescar com os "buzzbaits" é assim que a isca tocar a água, recolher o mais rápido possível. Pa­rar repentinamente o recolhimento não é interessan­te, mas reduzir a velocidade do recolhimento é váli­do em alguns momentos. Por isso, reforçando, o ideal, são locais com capim apenas no fundo ou um pouco mais espaçado. Locais assim é que eu costumo bus­car em algumas represas, logo que o nível sobe, inun­dando boa parte da vegetação que estava fora d'água, e ainda não cresceu ou se proliferou. Outra vantagem do buzzbait, é não enroscar tanto na superfície, muito bom para quem pesca desembarcado. 

O buzzbait pode garantir o sucesso de sua pescaria e os ataques nessa isca são pura adrenalina!
EMOÇÃO NO VISUAL 

Como é uma isca que trabalha o tempo todo na su­perfície, não tenho dúvida alguma em afirmar que o mais interessante serão os ataques dos peixes. A pes­caria com os "buzzbaits" é 100% no visual! Os ataques sempre causarão grande descarga de adrenalina ao pes­cador, independente da espécie alvo. Preste atenção o tempo todo na isca, sem tirar o olho dela, inclusive quando ela estiver bem perto do barco ou próxima do barranco. Algumas explosões po­dem ocorrer quando o "buzzbait" está prestes a sair da água ou logo quando cai, após um arremesso. E aqui cabe mais uma dica! Lance os "buzzbaits" o mais dis­tante que conseguir. E meio óbvio, mas desta forma, a isca ficará um maior tempo fazendo barulho na água, consequentemente, irritando mais os peixes, e com maiores chances de ser atacada por algum potencial predador. Experimente, e boa sorte! 


Fonte: Revista Pesca Esportiva ed. 231 - 2017
Autor: César Pansera

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